Tratamento da artrose do joelho
Tratamento da artrose do joelho
Na figura podemos observar que as extremidades dos ossos que permanecem em contato na articulação são recobertas por cartilagem articular.
A cartilagem articular exibe uma capacidade elástica de receber deformações e recuperar a forma original após o esforço, atuando dessa maneira como amortecedor dos impactos das atividades do cotidiano e prática esportiva: marcha, corrida, agachamento, levantamento de pesos, saltos.
A cartilagem apresenta-se com uma superfície lisa, com pouco atrito, e é lubrificada pelo liquido sinovial, características que favorecem a liberdade e fluidez de movimentos.
Abaixo, a visão cirúrgica por artroscopia das cartilagens do fêmur e
da tíbia, e do menisco.
Dizemos que a cartilagem é radiotransparente, não aparecem nas radiografias
O tratamento da artrose é composto de alternativas clínicas e cirúrgicas:
Visco-suplementação (infiltrações intra-articulares com ácido hialurônico e derivados)
Condro-proteção (soja e abacate, diacereína, colágeno, condroitina e glicosamina)
Fisioterapia, cinesioterapia sem carga, alongamentos, hidroterapia
Medicação analgésica e moduladores da dor
Medicação tópica - emplastros e adesivos analgésicos
Infiltração com corticóides
Uso de órteses (imobilizadores)
Auxílios à marcha - bengala, andador
Procedimentos cirúrgicos: toilette articular e cirurgias como artroplastia de substituição.
A artrose do compartimento medial pode ser tratada através de procedimentos cirúrgicos, quando necessário:
1- Osteotomia tibial para correção de eixo mecânico
2- Artroplastia unicompartimental
3- Artroplastia total de joelho
A avaliação das estruturas do joelho, e o alinhamento do membro inferior fazem parte do algoritmo de tomada de decisão.
Quando os outros compartimentos possuem mínimo ou nenhum dano aos meniscos, cartilagens e ligamentos os procedimentos menos invasivos podem ser adotados.
A C I M A
A Artroplastia Patelo-Femoral está indicada em casos de artrose patelo-femoral mais acentuados, enquanto os outros compartimentos estão preservados.
Quando bem indicadas e bem sucedidas as próteses trazem melhora da amplitude de movimento, recuperação da força muscular e melhor uso do membro envolvido, com consequente melhora da postura e locomoção corporal.
Apesar disso, a fixação entre a prótese e o osso e sua durabilidade sofrem desgaste, e podem necessitar de procedimento cirúrgico de revisão.
O prazo é muito particular a cada paciente, podendo variar entre um a até quinze ou vinte anos.
Pós –Operatório
A manutenção de arco de movimento passivo e ativo da articulação operada, a contração muscular e o treino de marcha com descarga parcial são iniciados ainda no período de internação, para promover restabelecimento do paciente. Andadores ou muletas são usados inicialmente para suporte parcial de peso ou implementação de equilíbrio.
Carga total de peso no membro operado e marcha sem auxílios (muleta / andador) são realizados a partir da segunda semana em alguns casos, e na terceira semana na maioria dos pacientes. Em situações mais graves e menos comuns esses exercícios são adiados, podendo esperar até a sexta semana.
Retorno à atividade física e trabalhos pesados tem decisão individualizada, entre médico e paciente, e cada caso deverá ser analisado face à necessidade e condição de cada paciente.