Síndrome da dor glútea profunda
Síndrome da dor glútea profunda
A síndrome da dor glútea profunda é uma condição de difícil diagnóstico, caracterizada por dor, incômodo, alterações ou perda de sensibilidade, formigamento, ocorrendo na região da nádega, quadril, ou coxa posterior. A dor também pode ser do tipo radicular quando leva a compressão do nervo ciático no espaço subglúteo.
Diversas patologias fazem parte dessa síndrome. Muitas vezes o termo “síndrome do piriforme” é aplicado, mas há outras etiologias envolvidas.
Na figura ao lado podemos ver alguns nervos e o nervo ciático está destacado em verde.
Ele apresenta uma mobilidade de 28mm em média nessa região, quando fazemos flexão e extensão da coxa.
Várias condições diferentes podem casusar pressão no nervo, ou afetar sua mobilidade, causando obstáculos ou aderências, que limitam sua movimentação, e podem causar dor.
QUADRO CLÍNICO
Os sintomas mais comuns incluem dor no quadril ou na nádega, dor tipo ciática, intolerância para ficar sentado mais do que 20-30 minutos, claudicação, alterações sensitivas ao longo da coxa, perna, tornozelo e pé, e sofre piora nas rotações do quadril e na flexo-extensão do joelho.
Os sintomas são múltiplos e característicos a várias entidades clínicas, incluindo quadril e patologias de coluna vertebral como hérnia de disco, o que causa confusão
Diversas manobras são utilizadas clinicamente para diferenciar as diversas entidades que são abrangidas pela síndrome da dor glútea profunda.
Causas vertebrais:
Hérnia discal lombar
Dor facetária
Dor miofascial
Dor foraminal
Cistos sinoviais
Dor irradiada de procesos vertebrais
Listeses e dores discogênicas
Causas Pélvicas
Compressões do plexo lombosssacro
Dor sacroilíaca
Sobrecarga de ligamentos pélvicos
Tumores
Endometriose
Espaço glúteo
Síndrome do piriforme
Varizes
Compressões de ciático
Lesões isquiotibiais
Traumas repetitivos
Dor trocantérica
Impacto isquio-femoral
Vão exibir o alinhamento da coluna e o centro de gravidade, compressões, pinçamentos, dismetrias
Demonstram a presença de lise óssea, como na figura,
e outras alterações ósseas que possam estar presentes
Dão detalhes das estruturas anatômicas e sua relação
com estruturas e patologias vizinhas
TRATAMENTO
O tratamento depende da causa e sua localização, mas em geral é iniciado com medidas medicamentosas e também de reabilitação:
1- antinflamatórios
2- corticóides
3- outras drogas – relaxantes musculares, fitoterápicos, medicação de dor crônica
4- fisioterapia – RPG – Pilates – liberação miofascial – alongamentos – Isostretching
Pode progredir para medidas invasivas quando necessário:
infiltrações de corticóides, bloqueios anestésicos, uso de radiofrequência, e toxina botulínica, guiadas por ultrassom ou tomografia computadorizada.